
Já vamos alertando: não estamos falando de nenhuma solução mágica no tratamento de dependentes químicos, mas sim de uma esperança. Estudos brasileiros com a droga Ibogaína começam em 2011, na tentativa de tirar do vício uma boa parcela da população.
A Ibogaína deriva do iboga, arbusto de origem africana, usado há muito tempo em rituais contra as chamadas “doenças do espírito”.
Alguns países realizam tratamentos a base de iboga de forma experimental, por conta e risco do próprio paciente, que deve pagar pela importação do derivado da raiz para seu tratamento. A “cura” se dá com a ingestão das cápsulas que induzem a um sonho lúcido que pode levar até 72 horas. Nesse sonho o paciente passa a ver o filme de sua vida, da infância aos dias atuais, passando por todos os momentos vividos com o consumo de drogas, fazendo com que se dê conta do caos que transformou a própria vida.
A droga estimula a produção do hormônio GDNF que promove a regeneração do tecido nervoso e estimula a criação de conexões neurais, permitindo reparar áreas do cérebro associadas à dependência. Também promovem a produção de serotonina e dopamina, neurotransmissores responsáveis pela sensação de bem-estar e prazer, o que explica o desaparecimento da “fissura” relatada pelos dependentes.
Foto:Revista Galileu/Divulgação
Ainda é cedo para pensar em tratamentos regulamentados com a iboga, mas pode ser uma luz para um futuro próximo. Cabe lembrar que não existem milagres. A ibogaína tira o desejo de consumir drogas, mas é preciso que o dependente em tratamento mude radicalmente de vida deixando de lado qualquer chance de exposição à droga.
Fonte: Revista Galileu/ Setembro/2010
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